Em 2008, a empresa tentou registrar uma patente para tecnologia que captura, decodifica e analisa dados que a beneficiariam.
O furto de informações de redes Wi-Fi da Google foi feito por meio de tecnologia de captura criada em 2008 e que a companhia quer patentear, segundo documentos judiciais com entrada na quarta-feira (2/6) indicam.
Uma reclamação com entrada há duas semanas alega que uma patente enviada pela Google ao Escritório de Patentes e Marcas norte-americano em 2008 mostra que a gigante das buscas criou uma tecnologia para capturar, analisar e utilizar dados enviados por usuários de suas redes sem fio.
A documentação, preenchida por uma mulher de Oregon e um homem de Washington e com entrada na corte deferal de Portland no dia 17 de maio deste ano, acusa a Google de violar leis de privacidade federal e aquisição de dados quando coletou dados de redes Wi-Fi desprotegidas com os veículos do serviço Street View.
A Google reconheceu a questão da privacidade no dia 14 de maio, mas afirmou que não sabia que havia coletado dados das redes sem fio até recentemente.
A companhia está encarando vários processos nos Estados Unidos e está sob investigação por autoridades de alguns países como o Canadá, França, Alemanhà, Espanha e Itália.
Advogados do processo de Oregon esquentaram o caso na quarta-feira (2/6), quando alteraram o processo original para incluir acusações de um pedido de patente feito pelo Google sobre a tecnologia há mais de um ano e meio atrás.
De acordo com a reclamação modificada, a tecnologia da Google pode coletar a fabricante e o modelo de roteadores sem fio, nome da rua na qual o roteador se localiza e até mesmo a "localização aproximada do ponto de acesso dentro da residência ou negócio do usuário".
Em seu pedido de patente, a Google dizia que várias antenas poderiam ser acopladas em um veículo, algo que permitiria obter uma estimativa bem mais precisa sobre a localização do roteador, baseado em um efeito "estéreo".
A empresa admitiu que furtou informações de redes sem fio - incluindo identificadores de roteadores e redes - para mapear essas redes, que depois seriam utilizadas por dispositivos móveis como smartphones para marcar suas localizações no serviço de mapas da Google. A companhia alega, no entando, que o código que coletou os dados das redes desprotegidas foi adicionado ao software dos veículos do Street View por acidente.
"Conforme descrito na aplicação 776, quanto maiores os tipos e quantidades de dados Wi-Fi obtidos, decodificados e analizados pela Google de qualquer usuário particular, maior será o 'nível de confiança' da localização do ponto de acesso do usuário", alega a documentação atualizada. ˜Coletar, decodificar e analisar cargas de dado de um usuário serviria, portanto, para aumentar a precisão, valor, usabilidade e uso de marketing do novo método da Google."
"Carga de dados" é o termo que se refere às informações transmitidas via redes sem fio, incluindo os dados que a Google capturou com os veículos do Street View.
"A Google empregou um ou mais métodos decritos na aplicação 776 para coletar, decodificar, analisar e se beneficiar a partir dos dados sem fio (incluindo cargas de dados) que coletou", alega a documentação.
O grupo de advocacia Privacy International têm opiniões similares. Em uma carta enviada às comissões de privacidade da União Europeia no último mês, o grupo afirmou que "estava profundamente perturbado pela afirmação da Google de que a situação foi provocada por um simples erro causado pelo uso acidental de um código desenvolvido para rastrear conteudo de redes sem fio. Essa explicação nos parece inteiramente improvável˜.
Como parte do processo, os advogados adiconaram mais uma acusação às três originais, dizendo que a Google violou o Título 47 do Código dos Estados Unidos. Eles também pediram que a empresa seja forçada a pagar até 100 mil dólares para cada pessoa que teve seus dados furtados.
A Google ainda não respondeu a um pedido por comentários. Os advogados da companhia também não responderam ao processo judicial.
Uma reclamação com entrada há duas semanas alega que uma patente enviada pela Google ao Escritório de Patentes e Marcas norte-americano em 2008 mostra que a gigante das buscas criou uma tecnologia para capturar, analisar e utilizar dados enviados por usuários de suas redes sem fio.
A documentação, preenchida por uma mulher de Oregon e um homem de Washington e com entrada na corte deferal de Portland no dia 17 de maio deste ano, acusa a Google de violar leis de privacidade federal e aquisição de dados quando coletou dados de redes Wi-Fi desprotegidas com os veículos do serviço Street View.
A Google reconheceu a questão da privacidade no dia 14 de maio, mas afirmou que não sabia que havia coletado dados das redes sem fio até recentemente.
A companhia está encarando vários processos nos Estados Unidos e está sob investigação por autoridades de alguns países como o Canadá, França, Alemanhà, Espanha e Itália.
Advogados do processo de Oregon esquentaram o caso na quarta-feira (2/6), quando alteraram o processo original para incluir acusações de um pedido de patente feito pelo Google sobre a tecnologia há mais de um ano e meio atrás.
De acordo com a reclamação modificada, a tecnologia da Google pode coletar a fabricante e o modelo de roteadores sem fio, nome da rua na qual o roteador se localiza e até mesmo a "localização aproximada do ponto de acesso dentro da residência ou negócio do usuário".
Em seu pedido de patente, a Google dizia que várias antenas poderiam ser acopladas em um veículo, algo que permitiria obter uma estimativa bem mais precisa sobre a localização do roteador, baseado em um efeito "estéreo".
A empresa admitiu que furtou informações de redes sem fio - incluindo identificadores de roteadores e redes - para mapear essas redes, que depois seriam utilizadas por dispositivos móveis como smartphones para marcar suas localizações no serviço de mapas da Google. A companhia alega, no entando, que o código que coletou os dados das redes desprotegidas foi adicionado ao software dos veículos do Street View por acidente.
"Conforme descrito na aplicação 776, quanto maiores os tipos e quantidades de dados Wi-Fi obtidos, decodificados e analizados pela Google de qualquer usuário particular, maior será o 'nível de confiança' da localização do ponto de acesso do usuário", alega a documentação atualizada. ˜Coletar, decodificar e analisar cargas de dado de um usuário serviria, portanto, para aumentar a precisão, valor, usabilidade e uso de marketing do novo método da Google."
"Carga de dados" é o termo que se refere às informações transmitidas via redes sem fio, incluindo os dados que a Google capturou com os veículos do Street View.
"A Google empregou um ou mais métodos decritos na aplicação 776 para coletar, decodificar, analisar e se beneficiar a partir dos dados sem fio (incluindo cargas de dados) que coletou", alega a documentação.
O grupo de advocacia Privacy International têm opiniões similares. Em uma carta enviada às comissões de privacidade da União Europeia no último mês, o grupo afirmou que "estava profundamente perturbado pela afirmação da Google de que a situação foi provocada por um simples erro causado pelo uso acidental de um código desenvolvido para rastrear conteudo de redes sem fio. Essa explicação nos parece inteiramente improvável˜.
Como parte do processo, os advogados adiconaram mais uma acusação às três originais, dizendo que a Google violou o Título 47 do Código dos Estados Unidos. Eles também pediram que a empresa seja forçada a pagar até 100 mil dólares para cada pessoa que teve seus dados furtados.
A Google ainda não respondeu a um pedido por comentários. Os advogados da companhia também não responderam ao processo judicial.
(Gregg Keizer)
UOL Tecnologia